Há muitos anos atrás acompanhei um casal muito jovem, cuja rapariga engravidou «sem querer».
Segui de muito perto os momentos de angústia, as incertezas, a dor física e psicológica dos dois namorados que corriam contra o tempo, entre o arruinar da esperança das suas vidas ainda imberbes e a responsabilidade de deixar nascer uma criança que era duvidoso serem capazes de educar e criar convenientemente.
Fui testemunha do pesadelo pessoal e da luta titânica que travaram contra a vergonha e a crítica de uma sociedade que não respeita o Outro e que então assolava os seus passos… sobretudo quando se confrontaram com o monstro chamado «aborto»!
A minha mão serviu apenas de amparo, o meu silêncio serviu de reduto, em minha casa choraram-se lágrimas doridas da raiva que chegava ao desespero.
A 11 de Fevereiro espero apenas que o meu voto no SIM pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez ajude tantos outros jovens, tantas outras realidades muito mais solitárias e muito mais dolorosas a enfrentarem de cabeça erguida um acto que só por si já é suficientemente penalizador.
Que a Mulher decida, que a Sociedade respeite e que o Estado garanta.
Fui testemunha do pesadelo pessoal e da luta titânica que travaram contra a vergonha e a crítica de uma sociedade que não respeita o Outro e que então assolava os seus passos… sobretudo quando se confrontaram com o monstro chamado «aborto»!
A minha mão serviu apenas de amparo, o meu silêncio serviu de reduto, em minha casa choraram-se lágrimas doridas da raiva que chegava ao desespero.
A 11 de Fevereiro espero apenas que o meu voto no SIM pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez ajude tantos outros jovens, tantas outras realidades muito mais solitárias e muito mais dolorosas a enfrentarem de cabeça erguida um acto que só por si já é suficientemente penalizador.
Que a Mulher decida, que a Sociedade respeite e que o Estado garanta.
MJ
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