Saudamos, em primeiro lugar, todos aqueles e aquelas que contribuíram para a vitória do SIM e que envolveu muitas pessoas empenhadas em dignificar a cidadania e contribuir para a construção de uma melhor democracia. Estivemos empenhados nesta batalha, apostamos numa campanha de informação e esclarecimento para que todos e todas participassem! Está claramente provado que os homens e as mulheres do nosso Distrito se pronunciaram pela defesa da dignidade e saúde das mulheres, pela urgência da aprovação de uma nova Lei na Assembleia da República.
Foi aberta uma janela de esperança para todas as mulheres que se vêem confrontadas com este dilema. Estes resultados demonstram a compreensão de que as mulheres portuguesas são pessoas responsáveis e que as razões para interromper uma gravidez são respeitadas pela sociedade.
Já se perdeu muito tempo! É agora o momento de efectivar uma nova lei fazendo cumprir os resultados deste referendo, reforçando a aposta nos serviços públicos de saúde, no planeamento familiar e na implementação da educação sexual nas escolas.
Vamos continuar a intervir para que a maternidade e paternidade sejam assumidas como um valor social e onde a decisão de ser pai e mãe seja partilhada por ambos, assumindo sempre que o desejo de ter boas condições de vida e proporcionar conforto e segurança à família é uma aspiração legítima do ser humano.
domingo, 11 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
Em Movimento pelo Sim!
Há muitos anos atrás acompanhei um casal muito jovem, cuja rapariga engravidou «sem querer».
Segui de muito perto os momentos de angústia, as incertezas, a dor física e psicológica dos dois namorados que corriam contra o tempo, entre o arruinar da esperança das suas vidas ainda imberbes e a responsabilidade de deixar nascer uma criança que era duvidoso serem capazes de educar e criar convenientemente.
Fui testemunha do pesadelo pessoal e da luta titânica que travaram contra a vergonha e a crítica de uma sociedade que não respeita o Outro e que então assolava os seus passos… sobretudo quando se confrontaram com o monstro chamado «aborto»!
A minha mão serviu apenas de amparo, o meu silêncio serviu de reduto, em minha casa choraram-se lágrimas doridas da raiva que chegava ao desespero.
A 11 de Fevereiro espero apenas que o meu voto no SIM pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez ajude tantos outros jovens, tantas outras realidades muito mais solitárias e muito mais dolorosas a enfrentarem de cabeça erguida um acto que só por si já é suficientemente penalizador.
Que a Mulher decida, que a Sociedade respeite e que o Estado garanta.
Fui testemunha do pesadelo pessoal e da luta titânica que travaram contra a vergonha e a crítica de uma sociedade que não respeita o Outro e que então assolava os seus passos… sobretudo quando se confrontaram com o monstro chamado «aborto»!
A minha mão serviu apenas de amparo, o meu silêncio serviu de reduto, em minha casa choraram-se lágrimas doridas da raiva que chegava ao desespero.
A 11 de Fevereiro espero apenas que o meu voto no SIM pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez ajude tantos outros jovens, tantas outras realidades muito mais solitárias e muito mais dolorosas a enfrentarem de cabeça erguida um acto que só por si já é suficientemente penalizador.
Que a Mulher decida, que a Sociedade respeite e que o Estado garanta.
MJ
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